"Viver é bom", proclamas

Nunca tive dúvidas que aquilo que queria mesmo era entrar cá em Portugal e poupar-me de um 13º ano, igual ao 12º, horroroso e de muito sofrimento. Mas agora, a 4 horas e 12 minutos de saber se entrei ou não (de confirmar que não entrei), já não sei bem se quero que diga que entrei ou se não. Claro que entrar cá tem a enormissima vantagem de poupar o tal ano horrível, mas já me mentalizei que vou para Espanha e, se querem saber, a ideia agrada-me muito. Vou conhecer uma cultura da qual começo a gostar muito, apesar de 90% dos portugueses odiarem os espanhóis, incluindo grande parte dos meus amigos. Mas eu sempre fui muito diferente de 90% dos portugueses e não gosto de generalizações nem de preconceitos. Não percebo porque não gostam dos espanhóis. Apesar das touradas (mas nisso não são muito diferentes dos portugueses, pois não?), gosto muito da cultura espanhola. Sem contar que têm a mente muuuuuuuuuuito mais aberta que o meu povinho.
Quero muito ir para lá, porque acho que vai ser uma experiência única. E, para o ano, quero entrar na universidade numa dessas terras espanholas que me fascinam tanto, apesar de não as conhecer. Adorava entrar em Sevilha, em Barcelona, em Madrid ou em Salamanca e espero que este ano, se for para Badajoz, tenha a oportunidade de ir a cada uma delas conhecê-las. Quero mesmo não entrar cá para ter toda esta experiência de ir viver para um sitio com uma cultura diferente, e poder conhecer pessoas de culturas diferentes. E também quero mesmo entrar cá para saber que, definitivamente, entrei em Medicina e vou poder concretizar os meus sonhos.
De uma maneira ou de outra, nunca será uma má noticia saber que entrei/não entrei. Se entrar já estou em Medicina o que é fantástico, se não entrar vou-me aventurar numa nova vida em Espanha. Portanto, não me parece nada um mau panorama... certo?